Jesus – A Mensagem do Coração PARTE #3

Sidney Fernandes 

PARTE 3

Como explicar a cura de Joana que salvou sua vida acreditando em uma folha de parreira?

Filósofos, literatos, religiosos, cientistas e médicos tentarão explicar o que aconteceu nesse sentimental texto de O. Henry, escritor americano cujo verdadeiro nome era William Sidney Porter, famoso por seus contos com surpreendentes desfechos. Destacarão, talvez, o poder da mente humana, ou citarão, pragmaticamente, a inteligência da consciência invisível que existe dentro de nós, na qual deveríamos acreditar, ou, finalmente, a força externa que vem de uma pílula, injeção ou, simplesmente, que é oriunda de uma simples folha de uma parreira.


Esta última hipótese seria a consagração da energia do placebo — substância inócua que, supostamente, detém poderes milagrosos, para quem nela acredita. Antes de partirmos para análises mais realistas, falemos um pouco dessa desacreditada terapia medicamentosa.

Alívio para mamãe

Em 1982, eu esperava pacientemente o desencarne de minha mãe, cuja doença maligna havia sido anunciada cinco anos antes. Nada mais havia a fazer se não minimizar suas dores, seus medos, suas angústias. Não obstante todo o carinho que nós, familiares, estávamos prestando, faltava alguma coisa. Foi quando tive a ideia de solicitar ao seu médico que a visitasse periodicamente. A partir dali uma ou mais vezes por semana esse abençoado médico a visitava.

Certo dia, quando mais desalentada ela se encontrava, ele apareceu. Diante do seu desânimo e tristeza, ele disse a ela:

— Dona Aparecida, o que está acontecendo?

— Ah, doutor. Não estou melhorando. Não teria algum remédio para mim?

Embora, felizmente, ela não tivesse dores, sentia desconforto pelo avanço da doença.

— Claro que sim, vamos dar um jeito nisso agora mesmo — respondeu o médico.

Depois de aviar uma receita, chamou-me:

— Vá comprar este remédio imediatamente. Vai trazer grande alívio para sua mãe.

Silenciosamente, escondendo as lágrimas, corri até a farmácia e comprei um medicamento destinado ao tratamento de refluxo gástrico, um antiácido indicado para sintomas estomacais. O próprio médico fez questão de ministrar uma colher do líquido na boca de minha mãe, que, imediatamente, sentiu-se melhor, relaxou e dormiu. O uso desse placebo, num maravilhoso ritual que se prolongou até a sua partida, permitiu que mamãe desencarnasse em paz e sem dor. Jamais consegui pagar qualquer daquelas consultas, algumas em pleno domingo, àquele generoso e abençoado médico, um verdadeiro apóstolo do Divino, na Terra, a quem devo a morte serena de minha mãe. Deus o abençoe sempre.

Leia a parte #4

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