Jesus e a Mensagem do Coração Parte #09
Jesus – a mensagem do coração
*Autoria Sidney
Fernandes*
Simeão e o menino
A Simeão havia sido relevado por espíritos
superiores — que a Bíblia chama de Espírito Santo — que não morreria antes de ver o Cristo. Lucas, 2:26 Ele
tinha o que poderíamos chamar, hoje, de sensibilidade mediúnica. Quando Jesus
completou quarenta dias de vida, foi levado por seus pais ao templo para
cumprir os deveres do culto judaico. Ao ver Jesus nos braços de Maria, Simeão
reconheceu o Cristo do Senhor imediatamente, emocionou-se e pediu licença,
respeitoso, para tomar a criança em seus braços. Então proclamou:
— Agora, Senhor, segundo a tua palavra, despede em paz a teu servo, pois meus olhos já viram o salvador, que fizeste surgir à vista de todos os povos, como a luz para ser mostrada às nações, e para a glória de Israel.
Para os pais de Jesus aquelas palavras
soaram estranhas. Não, porém, para aquele ancião de Jerusalém. Para ele, uma
longa espera havia chegado ao fim, pois havia conhecido o Messias, o mensageiro
divino tão ansiosamente aguardado pelo povo judeu. Simeão abençoou o casal,
divinamente inspirado, e profetizou o futuro messiânico de Jesus. Desejoso de
guardar junto de si, por mais alguns instantes, a criança sublime, Simeão pediu
licença e permaneceu com Jesus nos braços, enquanto José e Maria afastavam-se
para comprar as pombas do sacrifício.
Em seus braços, Simeão guardava o grande
missionário de Deus. Uma dúvida, entretanto, assaltou sua alma6:
— Por
que o enviado celeste nascera filho de um carpinteiro, num país tão pobre,
distante dos poderes do mundo? Por que não nascera ao lado do poder, dos
magistrados ou do Sinédrio?
Jesus, o menino, escutava o nobre ancião
mostrando sublime sorriso. Tomado de angústia, depois de longo intervalo, Simeão
indagou em lágrimas:
—
Dize-me, o Divina Criança, onde representarás os interesses de nosso Supremo
Pai?
O tenro menino ergueu, então, a pequenina
destra e bateu, muitas vezes, naquele peito envelhecido que já se inclinava
para o sepulcro.
Naquele momento, Maria aproximou-se e
tomou Jesus em seus braços maternos.
Somente após a morte do corpo, Simeão veio
a saber que Jesus não o deixara sem resposta.
O Infante Sublime, no gesto silencioso,
quisera dizer que não vinha representar os interesses do Céu nas organizações
respeitáveis, mas efêmeras da Terra. Vinha da Casa do Pai justamente para
representá-lo no coração dos homens.

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