QUEM INVENTOU A REENCARNAÇÃO?

Sidney Fernandes

         Embora seja um tema milenar, a reencarnação até hoje ainda não é totalmente aceita por muitas pessoas, em razão de preconceito, desinteresse ou por falta de estudo.

QUEM INVENTOU A REENCARNAÇÃO?

Da mesma forma que Isaac Newton (1643-1727), célebre físico inglês, descreveu a lei de gravitação universal, o Espiritismo enunciou a reencarnação como lei divina que disciplina a jornada evolutiva do espírito, com experiências que se repetem na Terra, até que ele possa viver em planos mais adiantados.

O QUE SIGNIFICA CONSCIÊNCIA REENCARNATÓRIA?

A expressão Consciência reencarnatória é de Emmanuel, guia espiritual de Chico Xavier, que nos convida a ter plena compreensão de que estamos em trânsito pela Terra, em jornada de aprendizado e reajuste.

Com essa consciência, conseguimos aceitar melhor dores, deficiências e eventuais sentimentos negativos, inclusive em relação a familiares, com a certeza de que nada é por acaso. Se não localizamos a origem de nossos males na presente vida, com certeza sua causa estará em vidas pretéritas.

POVOS DA ANTIGUIDADE ACEITAVAM A REENCARNAÇÃO?

Assim como se deixam as vestes gastas para usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para revestir novos corpos. 

Estas palavras encontram-se nos Vedas e no Bhagavat Gita, livros sagrados da Índia – berço intelectual da humanidade. A crença na reencarnação encontra-se também no Masdeísmo, da antiga Pérsia, como concepção elevada de redenção final, após as provas expiatórias que conduzem a alma humana à felicidade.

Povos orientais antigos, como os egípcios, hebreus, budistas e hinduístas, aceitavam as várias incursões da alma ao plano físico, dentro de ciclo evolutivo que a conduziria ao glorioso mundo espiritual.

Sábios gregos, como Pitágoras, Sócrates e Platão, aceitavam plenamente a teoria da palingenesia, que pressupõe várias vidas, onde aproveitamos os conhecimentos do passado, na forma de ideias inatas, na presente vida.

No livro Fédon, de Platão, Sócrates dialoga com um nativo de Élis, capturado em guerra e vendido como escravo. Demonstra que pode extrair dele conhecimentos de outra existência e trazê-los para a vida atual.

O ESPIRITISMO PODE EXPLICAR A REENCARNAÇÃO?

A Doutrina Espírita foi codificada com base nas informações trazidas por sábios espíritos que já haviam passado pela Terra e já se encontravam no plano espiritual. É uma doutrina filosófica, com bases científicas e consequências religiosas. A crença reencarnacionista poderá ser encontrada em fundamentos desses três aspectos da Doutrina Espírita: religioso, científico e filosófico.

QUAIS SÃO OS FUNDAMENTOS RELIGIOSOS?

Vamos encontrar os fundamentos religiosos da reencarnação na Bíblia, tanto no Velho, como no Novo Testamento.

Embora venhamos a encontrar em livros sagrados do Judaísmo, como a Cabala e o Talmude, a aceitação da reencarnação, geralmente ela era confundida com ressurreição, isto é, a volta à vida no mesmo corpo.

HÁ REFERÊNCIAS À REENCARNAÇÃO NO VELHO TESTAMENTO?

O Velho Testamento é uma espécie de história do povo judeu, desde os seus primórdios. Mesmo assim, nele vamos encontrar várias referências à reencarnação.

Em Jó, 14:14, o princípio da pluralidade das existências se acha claramente expresso:

Quando o homem está morto, vive sempre; acabando os dias da minha existência terrestre, esperarei, porquanto a ela voltarei de novo.

Jó se coloca no intervalo de uma existência para a outra, após a morte, e diz que lá aguardará o momento de voltar.

Na Bíblia católica, encontramos em Sabedoria 8:19-20 o seguinte texto:

Eu era um bom rapaz, por isso caí num corpo perfeito.

Na citação “Eu era um bom rapaz”, pressupõe-se a vida anterior, isto é, a preexistência do espírito. Em seguida, na expressão “por isso caí num corpo perfeito”, refere-se, naturalmente, ao fato de o bom rapaz ter reencarnado em um corpo saudável.

A IDEIA DA REENCARNAÇÃO ERA FAMILIAR AO POVO JUDEU?

A ideia da reencarnação era familiar ao povo judeu. Vejamos esta passagem em que Jeremias, como se fosse Jeová, assim se expressa:

Antes que te formasses no ventre, te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta (Jeremias, 1:5).

O texto fala claramente a respeito da preexistência do espírito, antes da concepção do corpo. Se o espírito existiu antes do corpo, pode ter vivido em outro corpo. Está implícita, portanto a ideia da reencarnação no texto judaico.

MOISÉS FEZ ALGUMA REFERÊNCIA ÀS VIDAS SUCESSIVAS?

Moisés fez referência às vidas sucessivas.

No primeiro mandamento da Tábua da Lei (Êxodo, 20:5) consta que:

Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.

Seria uma aberração admitirmos que os filhos tivessem que pagar pelos erros dos pais, pois a culpa não pode transcender a figura do culpado. Deduz-se que os males enfrentados pelos filhos, que se relacionam com ancestrais, são punições que os alcançaram porque reencarnaram como seus próprios descendentes. São eles próprios de retorno, enfrentando as consequências de seus erros.

PODEMOS ENCONTRAR A REENCARNAÇÃO NA IDENTIDADE DE JESUS?

Podemos encontrar a reencarnação na identidade de Jesus.

O povo judeu aguardava um salvador. Mas, como identificá-lo em Jesus, se as profecias anunciavam que Elias, um dos grandes profetas dos judeus, teria que vir antes para anunciá-lo?

O próprio Jesus ensejou essa identificação, quando estava nas proximidades da cidade de Cesareia de Filipe, ao perguntar aos discípulos:

– Que dizem os homens com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?

Eles lhe responderam:

– Dizem uns que és João Batista; outros que és Elias; outros, que és Jeremias ou outro profeta.

Na resposta dos discípulos fica claro que aceitavam a reencarnação. A resposta refere-se a personagens que já haviam morrido.

QUE MENSAGEM ENCONTRAMOS, NA SEQUÊNCIA DO DIÁLOGO?

  Vejamos a sequência do diálogo:

— E vós, quem dizeis que eu sou? — torna a perguntar Jesus.

— Tu és o Cristo, o filho de Deus vivo! — responde Simão Pedro.

Como Pedro tinha essa informação? É o próprio Jesus que elucida essa dúvida:

Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai que está nos Céus.

Nesse texto fica bem clara a informação de que Pedro obteve essa informação não através dos homens e sim por inspiração espiritual.

AO FINAL DA CONVERSA REGISTRADA PELO EVANGELISTA Mateus, 17:10-13 FICA EVIDENTE A IDEIA DA REENCARNAÇÃO?

Ao final do diálogo entre Jesus e os discípulos fica evidente a mensagem da reencarnação.

– Por que dizem os escribas ser preciso que antes volte o Elias?

Jesus lhes respondeu:

— É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas; mas, eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem.

Então seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara.

NO DIÁLOGO COM NICODEMOS JESUS ESTAVA SE REFERINDO À REENCARNAÇÃO? João, 3:1-10

Outro momento em que concepção reencarnacionista se apresenta de forma irrefutável é no diálogo de Jesus com Nicodemos.

Ora, entre os fariseus, havia homem chamado Nicodemos, senador dos judeus, que veio à noite ter com Jesus e lhe disse:

— Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um doutor, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.

Em verdade, em verdade, digo-te: ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo.

Embora a interpretação de irmãos de outras crenças refira-se a essa passagem como se fosse a renovação do ser humano, o Espiritismo entende que esse diálogo proclama para sempre a lei da reencarnação no Evangelho de Jesus.

COMO NICODEMOS ENTENDEU A EXPRESSÃO “NASCER DE NOVO” DITA POR JESUS?

 Não foi com clareza que Nicodemos entendeu as palavras de Jesus.

— Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe para nascer outra vez?

Embora sendo Mestre em Israel e tendo por obrigação entender daquele assunto, Nicodemos até aceitou a ideia transmitida por Jesus, mas não sabia como ela seria possível.

Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus.

Ao falar em água e espírito, Jesus estava referindo-se à vida material, porquanto os antigos acreditavam que tudo vinha das águas, a matéria primeira. Era o material de construção do mundo.

JESUS ESTRANHA QUE NICODEMOS NÃO SAIBA DA REENCARNAÇÃO?

Ao final do diálogo, Jesus dá um “puxão de orelhas” em Nicodemos, estranhando que ele não entenda a lei da multiplicidade de vidas, pois esse princípio era sobejamente conhecido pelos iniciados judeus.

— Não te admires que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. O espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes de onde ele vem, nem para onde vai. És mestre em Israel, e ignoras estas coisas?

O QUE REVELA A PASSAGEM DO CEGO DE NASCENÇA?

Uma das passagens mais expressivas no estudo da reencarnação é a do cego de nascença. João, 9:1-3

Caminhando, Jesus viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram:

  Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?

Dessa pergunta depreendem-se algumas conclusões:

1)   Os discípulos já conheciam aquele homem e sabiam que havia nascido cego;

2)   Quem pecou, seus pais? A tradição judaica, baseada no primeiro mandamento da Tábua da Lei, admitiria, equivocadamente, que filhos pudessem pagar pelos erros dos pais. Descartada essa aberração, surgiu outra hipótese.

3)   Quem pecou, este? Como assim? Se o homem era cego de nascença, quando teria pecado? Obviamente, essa indagação revela que os cristãos admitiam que aquele homem teria vivido uma vida anterior.     

Os ensinamentos não param aí. Vejamos a resposta de Jesus:

— Nem ele pecou, nem seus pais, mas para que se manifestem as obras de Deus.

Quando encontramos um deficiente ou doente de nascença, logo deduzimos, segundo a Doutrina Espírita, que esse espírito teria errado em existência anterior e agora estaria expiando seus débitos. Nossos males mais graves geralmente são consequências de erros cometidos no passado.

Nem sempre é assim. Diante da afirmação de Jesus de que nem ele pecou, chegamos à conclusão de que em determinadas situações escolhemos passar por situações difíceis, não por débito ou comprometimento, mas para realizar uma missão, desenvolver determinado trabalho ou simplesmente coadjuvar experiência com o Cristo, como foi o caso daquele cego de nascença, com o objetivo de ensinar os homens.

Aquele homem não veio para pagar dívidas e sim por conta própria, em regime de provação, dentro do seu planejamento reencarnatório. Queria, provavelmente, fortalecer seu caráter, desenvolver novas habilidades e descobrir novas forças dentro dele mesmo.

Outra hipótese a ser considerada é a de que, ao longo de suas existências, ele reincidiu reiteradamente nos mesmos erros. Pode ter solicitado nova encarnação com limitações para dificultar ou impedir a continuidade dessas falhas.

A ANTIGA IGREJA CRISTÃ FOI REENCARNACIONISTA?

A igreja primitiva cultivou durante séculos a reencarnação. No entanto, em face das limitações da época, os cristãos não tinham ideias muito claras a respeito. Pensava-se que, com a adoção do Cristianismo como religião oficial, através de Constantino, as coisas fossem melhorar. Desandaram. A conversão do imperador aproximou a religião cristã dos césares e dos poderes constituídos. Com isso, entrou numa era de ligação com os poderes seculares, com forçadas concessões e, por consequência, perdeu a essência dos ensinamentos de Jesus Cristo.

SÁBIOS CATÓLICOS ERAM REENCARNACIONISTAS?

Importantes personagens religiosos sustentaram ainda por algum tempo a pureza da ideia cristã. Dentre eles, destaca-se Orígenes (185-254), que, segundo São Jerônimo, era, depois dos apóstolos, o grande mestre da Igreja, verdade que só a ignorância poderia negar.

Analisemos o texto a seguir:

Cada alma... vem a este mundo fortificada pelas fraquezas ou vitórias da vida anterior. Seu lugar neste mundo, como um vaso escolhido para honrar ou desonrar, é determinado pelos seus méritos e deméritos. Seu trabalho neste mundo determina a sua vida num mundo futuro.

De onde acha, amigo leitor, que retirei o texto acima? De algum livro espírita? Ou talvez de alguma religião oriental? Negativo! Estas palavras são de Orígenes, citadas por Edward Wriothesley Russel, repórter norte-americano, em seu livro Reencarnação – o mistério do homem.

Orígenes é considerado por esse escritor um dos sábios mais brilhantes das Igrejas Cristãs primitivas e Russel retirou essas palavras do livro Dos Princípios.

O QUE DIZ MARTINS PERALVA SOBRE ORÍGENES?

Vejamos algumas citações atribuídas a Orígenes, feitas por Martins Peralva, em seu livro Estudando o Evangelho:

As causas das variedades de condições humanas são devidas às existências anteriores.

A maneira por que cada um de nós põe os pés na Terra, quando aqui aportamos, é a consequência fatal de como agiu anteriormente no Universo.

Elevando-se pouco a pouco, os espíritos chegaram a este mundo e à ciência dele. Daí subirão a melhor mundo e chegarão a um estado tal que nada mais terão de ajuntar.

LÉON DENIS CITA ORÍGENES?

Diz Léon Denis, a respeito de Orígenes, em seu livro Cristianismo e Espiritismo:

Dentre os padres da Igreja, Orígenes é um dos que mais eloquentemente se pronunciaram a favor da pluralidade das existências.

Em seu livro célebre, “Dos Princípios”, Orígenes desenvolve os mais vigorosos argumentos que mostram, na preexistência e sobrevivência das almas noutros corpos, em uma palavra, na sucessão das vidas, o corretivo necessário à aparente desigualdade das condições humanas, uma compensação ao mal físico, como ao sofrimento moral que parece reinarem no mundo, se não se admite mais que uma única existência terrestre para cada alma.

O QUE SANTO AGOSTINHO PENSAVA SOBRE A REENCARNAÇÃO?

Em sua autobiografia Confissões, Santo Agostinho faz a seguinte pergunta:

Não terei vivido em outro corpo, em alguma parte, antes de entrar no útero de minha mãe?

E continua:

Dizei-me, eu vô-lo suplico, ó Deus, misericordioso para comigo, que sou miserável, dizei se a minha infância sucedeu a outra idade já morta, ou se tal idade foi a que levei no seio de minha mãe? (...) E antes desse tempo, quem era eu, minha doçura, meu Deus? Existi, porventura, em qualquer parte? Era eu, por acaso, alguém?

Decididamente, nessas palavras, há fortes indícios de que aceitava as vidas sucessivas.

POR QUE A IDEIA DA REENCARNAÇÃO PERDEU-SE?

A reencarnação está claramente exposta no Evangelho. Jesus reportou-se várias vezes a ela e se deu ao trabalho de detalhá-la a Nicodemos. Os discípulos admitiam-na e era aceita por vários segmentos do Cristianismo.

Por que motivo perdeu-se essa ideia no Cristianismo?

         QUAL FOI A INFLUÊNCIA DE TEODORA?

Teodora era filha de um guardião de ursos. Teria sido atriz e cortesã e mais tarde a esposa do imperador bizantino Justiniano, que reinou entre os anos 527 a 565. Nessa época a reencarnação era aceita como parte essencial do Cristianismo.

Teodora teria se incomodado com os ensinamentos de Orígenes, que aceitava a preexistência do espírito ao corpo, base fundamental para a teoria da reencarnação. Ela não admitia a ideia de voltar em outra vida, em circunstâncias penosas, como, por exemplo, na condição de escrava, e resolveu mudar as regras divinas.

Na condição de imperatriz, era uma consorte ativa, que tomava parte nos negócios do governo. Ela defendia os direitos das mulheres. Considerada a mulher mais influente do Império Bizantino, usou sua influência para interferir nas decisões do Segundo Concílio de Constantinopla, no ano 553.

Suas contas com a divindade seriam acertadas com a purificação através da extrema-unção. Admitia Teodora que talvez tivesse que passar, depois de sua morte, uma temporada no purgatório. Mas depois teria passagem livre para o paraíso. Reencarnação? Nem pensar! Não queria submeter-se a nova vida que poderia reconduzi-la à pobreza, à indigência e à vulnerabilidade.

TEODORA FOI A ÚNICA RESPONSÁVEL?

Além de Teodora, podemos dizer que havia duas correntes. Uma a favor, outra contrária à ideia da reencarnação na primitiva igreja. Venceu a corrente que defendia o interesse imediatista da Igreja para eliminar a reencarnação. A Igreja, atrelada ao carro do poder temporal, assimilou bem a ideia de um céu ou inferno imediatos, que lhe dava maior poder sobre os fiéis. A salvação deixava de ser esforço individual e passava a ser mérito da Igreja.

Segundo Richard Simonetti, na história de Teodora teríamos autêntica fofoca histórica:

Não há documentos que comprovem essa versão. Improvável que algo tão sério tenha ocorrido por simples influência de uma mulher pretensiosa. Acredito que houve uma fatalidade histórica. O conceito reencarnacionista era muito avançado para a mentalidade medieval, o que não é de admirar. Os teólogos não conseguiam sequer admitir a ideia de que a Terra se movimenta e não é o centro do Universo…

A verdade é que, com ou sem a influência de Teodora, a partir do Segundo Concílio de Constantinopla, o princípio da reencarnação, mesmo com a aceitação de eminentes religiosos, foi abolida.

FALE ALGO A RESPEITO DE SÃO JERÔNIMO E SUA GRANDE OBRA. ELE ACEITAVA A REENCARNAÇÃO?

A mando do papa Dâmaso, São Jerônimo iniciou uma compilação dos textos sagrados, em grego, traduzindo-os para o latim, dando origem à Vulgata, a Bíblia adotada pela Igreja Católica.

Havia dezenas de textos sobre a vida de Jesus, muitos dos quais ainda circulam, como apócrifos, geralmente muito fantasiosos, distantes da realidade: Evangelho de Maria, Evangelho de Maria Madalena, Evangelho de Nicodemos, Evangelho de Pedro e Evangelho de Filipe. 

Jerônimo aceitava a reencarnação e na compilação dos textos conservou aqueles em que ela aparece claramente. Daí essa contradição: O Catolicismo e as igrejas protestantes e pentecostais negam a reencarnação, mas ela está claramente enunciada no Evangelho. Buscando tapar o sol com a peneira, tentam dar interpretações diferentes do que o próprio texto evidencia.

FALANDO UM POUCO DOS

EVANGELISTAS MATEUS E JOÃO

Dentre os primeiros seguidores de Jesus, Mateus é mencionado como tendo sido um coletor de impostos que foi convidado para o círculo dos doze apóstolos de Jesus.

Mateus foi uma das testemunhas oculares que conviveram com Jesus e autor de um dos evangelhos.

O evangelista João também conviveu com Jesus. Foi um dos doze apóstolos e escreveu, além do Evangelho, três epístolas e o livro do Apocalipse. João foi o mais novo dos doze discípulos e tinha, provavelmente, cerca de vinte e quatro anos quando foi chamado por Jesus.

TAMBÉM SOBRE OS EVANGELISTAS MARCOS E LUCAS

Marcos, sobrinho do apóstolo Pedro, foi discípulo de Paulo de Tarso, autor de um dos evangelhos e é venerado por várias igrejas cristãs.

Lucas, médico grego, inspirou-se nas memórias da mãe de Jesus para escrever um dos evangelhos. Escreveu também os Atos dos Apóstolos. Era chamado de O Médico Amado, por Paulo de Tarso, de quem era discípulo.



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